sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Cineasta brasileiro busca origens da “Lavagem do Bonfim” na África

A viagem a Benin é continuação do documentário independente produzido por Ivy Goulart da “Lavagem da Rua 46”, em Manhattan (NY)
Radicado nos Estados Unidos, o cineasta brasileiro Ivy Goulart, residente no Brooklyn (NY), viajou ao continente africano para registrar as origens de um dos principais exemplos do sincretismo religioso no Brasil: A Lavagem das Escadarias da Igreja do Bonfim, em Salvador (BA). O trabalho é continuação do documentário independente produzido por Ivy da “Lavagem da Rua 46”, em Manhattan (NY), cerimônia anual que já faz parte do calendário oficial de eventos da Big Apple.
“Estou gravando o documentário sobre a origem do Candomblé e da Lavagem do Bonfim.
Vim para a Festa Mundial do Vodu, que acontece aqui no Benim anualmente. É do Benim a origem da religião Vodu que no Brasil se transformou no Candomblé. Muito interessante o quanto essa religião é rica em detalhes das energias da natureza humana e sua origem mais profunda da espiritualidade. As religiões: Vodu, Católica, Evangélica e Muçulmana convivem em plena harmonia na cidade de Uidá (Capital mundial do Vodu), um exemplo de tolerância religiosa no continente africano”, disse Ivy.
A hospitalidade do povo local e a diversidade cultural no Benin impressionaram o cineasta brasileiro, que usará o material recolhido em Uidá na continuação do documentário.
"Estou amando estar aqui. Uma experiência maravilhosa, um encontro único com esse continente cheio de mistérios e ao mesmo tempo livre do conceito europeu do que se diz ‘civilizado”, comentou o cineasta.
“O Benim ao mesmo tempo é tão próximo (Culturalmente) ao Brasil, mas, por outro lado, um grande contraste:  Tudo que a gente achava que é a pobreza econômica; aqui é muito maior e quase selvagem e primitivo. Está sendo um verdadeiro encontro com as nossas origens mais profundas", acrescentou.
Apesar das diferenças sociais e econômicas marcantes entre os dois países, ainda é evidente no Benin os elementos culturais que serviram de base à cultura afro-brasileira.
“É muito curiosa a relação do homem e o trabalho, a manufatura não existe. A produção: caça, pesca e a colheita são trabalhos feitos para a sobrevivência, no sentido mais amplo dessa palavra. Praticamente, não existe indústria local. Foi também do Benim que saíram negros escravos para as Américas e, principalmente, para Salvador (Bahia), levando a cultura e a religião deles e cravando na nossa cultura o conceito e a atitude afro-brasileira”, concluiu Ivy.
O documentário “A Lavagem da Rua 46” conquistou vários prêmios, entre eles o Brazilian International Press Award, na Flórida. O trabalho levou Ivy às ruas de Salvador, onde ele conversou com fiéis e as tradicionais baianas que participam do ritual da lavagem das escadarias na Igreja do Bonfim.

FONTE:http://www.brazilianvoice.com

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"Entitulado como As Meninas do Brasil, o monumento é um trabalho da artista baiana Eliana Kertész. Expostas na Ademar de Barros desde dezembro de 2004, as meninas são uma homenagem às raças negra, branca e índia, que deram origem ao povo brasileiro. Elas foram batizadas com os nomes de Damiana, Mariana e Catarina e feitas em bronze, cada uma com cerca de três metros de altura."

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